A ACM no Mundo

Um movimento de jovens para transformar a sociedade.

177 ANOS DA ACM NO MUNDO

Há 177 anos, o então comerciante inglês George Williams transformou uma roda de oração na maior instituição filantrópica de trabalho com jovens do mundo – a ACM. Hoje, estamos presentes em 120 países, reunindo 65 milhões de pessoas que buscam em seu dia a dia melhorar nossas comunidades através do amparo de jovens e famílias de diferentes culturas, credos e raças.

No Rio Grande do Sul, atuamos nas áreas de ensino, esportes e lazer, necrópoles e desenvolvimento social. Somente nos projetos sociais, realizamos 1,25 milhão de atendimentos por ano, alcançando 1,9 mil famílias em solo gaúcho. Além disso, acolhemos diariamente mais de 3.500 associados que buscam o esporte como caminho para uma vida mais saudável, juntamente com cerca de 900 alunos e suas famílias desde a Educação Infantil, e formamos, anualmente, 150 jovens nos cursos de liderança e 500 estudantes em cursos técnicos e profissionalizantes.

Desde a fundação, no dia 6 de junho de 1844, trabalhamos para garantir que todos tenham a oportunidade de aprender e se desenvolver – transformando cada indivíduo que passe pela ACM em um agente de mudança, capaz de contribuir no crescimento de outras pessoas, gerando, assim, um ciclo de transformação social em suas famílias e comunidades.

Conheça um pouco mais sobre a história de fundação da ACM no mundo.

GEORGE WILLIAMS E A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

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George Williams nasceu em 11 de outubro de 1821 em uma granja no condado de Somerset (Inglaterra). Passou seus primeiros 15 anos no campo, ao lado de sua família, dedicado com seus irmãos ao trabalho na fazenda. O trabalho no campo não era algo que lhe agradava, o que fez com que crescesse com a ideia de ir trabalhar na cidade. Aos 16 anos de idade une-se à igreja, tomando parte ativa em uma escola dominical como voluntário e iniciando um movimento evangelizador entre seus companheiros de trabalho.

Em 1841, aos 19 anos, George Williams chega a Londres, que naquela época apresentava um panorama urbano desolador, com altas margens de pobreza e condições de vida miseráveis, muitos moradores de rua e muitas crianças desamparadas. Em Londres, encontra um trabalho em uma empresa de fabricação e instalação de cortinas. Os proprietários do desse negócio eram os Srs. Hitchcock & Rogers, e nele trabalhavam cerca de 140 empregados. O costume da época era de que os empregados viviam no mesmo local onde trabalhavam, em alojamentos pequenos e com condições péssimas. Os horários de trabalho eram das 7h às 21h, diariamente, com menos de uma hora para o almoço e jantar. Fora do trabalho, a maioria dos 150.000 empregados da cidade de Londres não tinha opções para ocupar suas horas livres para recreação, e acabava terminando suas noites em bares, gastando o pouco dinheiro que ganhavam.

George Williams continuava seu trabalho voluntários na escola dominical, e pouco a pouco começou a influenciar colegas de trabalho, reunindo em seu quarto um pequeno grupo de orações, o qual foi crescendo e recebendo empregados de outras empresas, o que obrigou-os a buscar um local mais amplo.

O Sr. Hitchcock, chefe da empresa, se interessou pela obra e prestou ampla ajuda financeira, o que permitiu um poderoso desenvolvimento deste movimento desde seu início. Um dos primeiros destaques dessa união foi, por iniciativa de George Williams, um movimento entre os comércios da região buscava que a jornada de trabalho terminasse duas horas mais cedo, como prioridade para o êxito da ação de melhoramento de condições de trabalho e qualidade de vida.

FUNDAÇÃO DA ACM EM LONDRES / INGLATERRA (06/06/1844)

Surge, então, a ideia de estender o grupo de meditação e oração para outros círculos comerciais, ideia que George Williams compartilhou com seu amigo Edward Beaumont, visando promover um plano para organizar atividades similares em todas as grandes lojas de Londres. A ideia foi bem aceita, e se programou uma reunião com representantes de outras lojas. Assim, em 6 de junho de 1844, uma reunião estabeleceu as bases de uma instituição que buscaria a cooperação de jovens para expandir o reino de Deus e promover reuniões espirituais entre os demais estabelecimentos comerciais de Londres. Surgia a ASSOCIAÇÃO CRISTÃ DE MOÇOS, com o nome The Young Men’s Christian Association (YMCA). A primeira medida tomada foi de alugar um salão de maior capacidade e independente dos locais onde ficavam os comércios.

Em pouco tempo, percebeu-se a importância da obra da ACM, e que ela deveria ser levada ao conhecimento do mundo de forma ampla e adequada. Em 1849, foi necessário um local ainda mais amplo, no qual se estabeleceu a biblioteca, o salão de leituras e as classes educativas aos participantes. A YMCA foi a primeira instituição que organizou classes noturnas, o que fez com que seu departamento de ensino e empregos adquirisse rapidamente grande prestígio na cidade.

Quando Londres sediou, em 1851, a Grande Exposição Mundial, a YMCA organizou um vasto plano de atividades espirituais e culturais, dedicadas aos visitantes que vinham de todas as partes do mundo. Os resultados superaram as expectativas dos dirigentes da época, e a Associação Cristã de Moços conseguiu uma poderosa divulgação de suas atividades. Foram realizadas 550 reuniões públicas para jovens, um grande número de conferências sobre tópicos religiosos, distribuição de 362.000 folhetos entre os participantes da exposição, atingindo mais de um milhão de pessoas.

A divulgação fez com que visitantes levassem a ideia para o continente americano, fundando novas YMCAs, constituindo a base do movimento internacional. Montreal (Canadá) e Boston (Estados Unidos) foram as primeiras cidades americanas a fundarem os movimentos acemistas americanos. Já em 1850, George Williams esteve em Paris por motivos profissionais e se interessou por levar a Associação Cristã de Moços também para esse país. Após diversas tratativas, em 1851 foi fundada a Unión Chretienne des Jeunes Gens de París (ACM de Paris). A ACM de Paris teve um grande desenvolvimento em um curto tempo, e se tornou o centro do movimento internacional.

Mais tarde se fundaram novas ACMs em um grande número de cidades da Holanda, Índia, Austrália e Estados Unidos. Na Alemanha já existiam as Associações Juvenis, que mais tarde passaram também a integrar a Associação Cristã de Moços.

Desta forma, as ACMs formaram um círculo ao redor do mundo, sendo necessária a criação do Comitê Internacional das ACMs, com sede em Paris / França, o qual mais tarde foi transferido para Genebra / Suíça com o nome de Aliança Mundial das ACMs.

Em agosto de 1855 foi realizada a primeira Convenção Mundial das ACMs, que adotou resoluções importantes para o movimento:

Todas as YMCAs do mundo, afiliadas ao Comitê Internacional, seriam um só em seus princípios e em seu funcionamento, porém conservando a independência de organização e forma de agir em suas comunidades.

Por unanimidade foi aprovada a declaração tida, até hoje, como a Missão do movimento acemista no mundo, a Base de Paris.

O trabalho de George Williams fez com que a ACM se desenvolvesse como uma organização altruísta, motivo pelo qual foi condecorado em 1894 com o nome de Cavaleiro do Reino Unido, Sir George Williams. Faleceu em 1905, sendo sepultado na Catedral de Saint Paul entre os heróis nacionais.

Se preferir, ligue para (51) 3213.6000