ANNA JARVIS E A CRIAÇÃO DA DATA
Considera-se Anna Jarvis a responsável pela idealização da data.
Na Filadélfia (EUA), Anna perdeu sua mãe no ano de 1905. No segundo domingo do mês de maio de 1907, realizou uma celebração privada. Já em 10 de maio de 1908, ela organizou uma cerimônia na igreja na qual frequentava em honra a sua e todas as mães, em West Virginia (EUA).
Com a grande acolhida recebida pela comunidade, Anna quis que a celebração fosse reconhecida como um feriado. Depois de lutar três anos para oficializar a data, finalmente, em 26 de abril de 1910, o governador de West Virgínia, William E. Glasscock, acrescentou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele Estado.
Em pouco tempo outros Estados aderiram à comemoração e com isso, em 1914, o presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, formalizou a data no país, que deveria ser comemorada no segundo domingo de maio, conforme sugestão de Anna Jarvis. Rapidamente, mais de 40 países adotaram a data.
O DIA DAS MÃES NO BRASIL
No Brasil, coube à Associação Cristã de Moços do Rio Grande do Sul (ACM-RS) a iniciativa da comemoração. A data foi trazida ao Brasil pelo então Secretário-geral da instituição, Frank Long.
A primeira celebração no país ocorreu em 12 de maio de 1918, em Porto Alegre.
Aos poucos, a festividade foi se espalhando pelo país e, em 1932, através do decreto 21.366, o feriado foi oficializado pelo presidente Getúlio Vargas.
15 anos depois, o dia foi incluído no calendário oficial da Igreja Católica pelo Cardeal Arcebispo do Rio, Dom Jaime de Barros.
COMO FOI A PRIMEIRA COMEMORAÇÃO NO BRASIL
No dia 12 de maio de 1918, um domingo chuvoso em Porto Alegre, o salão social da Associação Cristã de Moços aos poucos foi se enchendo de pessoas, que se uniam ali para celebrar o primeiro Dia das Mães do Brasil.
Na ante-sala, em uma mesa, envelopes e papel de correspondência convidavam aqueles que tivessem as mães distantes para que lhes escrevessem uma mensagem de afeto. Na entrada do salão, vasos de cravos vermelhos e brancos enfeitavam o ambiente, e cada pessoa que entrava recebia uma flor que era colocada em sua lapela por Eula Kennedy Long, brasileira e esposa de Frank Millard Long, secretário-geral da ACM.
A primeira comemoração iniciou com a abertura da solenidade realizada por Álvaro de Almeira, presidente da ACM.
O discurso oficial foi proferido pelo professor Mozart de Mello, seguido por uma apresentação de um quarteto vocal e de declamações da distinta poetiza e escritora brasileira Júlia Lopes de Almeida.A festividade teve grande acolhida.
Em 1919 foi a vez da ACM do Rio de Janeiro realizar sua primeira celebração, seguida em 1921 da ACM de São Paulo. Aos poucos, a data foi ganhando adeptos até se espalhar por todo o Brasil.
A SIMBOLOGIA DOS CRAVOS
A primeira comemoração do Dia das Mães, ocorrida nos Estados Unidos, era prestada de forma delicada, através do simbolismo de dois cravos: vermelho e branco.
Essa simbologia também foi adotada nas primeiras celebrações ocorridas no Brasil.
O cravo de cor vermelha seria usado na lapela, por aqueles cujas mães estivessem vivas.
Enquanto isso, os filhos órfãos se apresentariam usando um cravo branco.
HOMENAGENS