Semana Mundial da Oração – dia 04

A ORAÇÃO COMO JUSTIÇA : LIBERTANDO OS OUTROS
POR ANTHONY KHAIR, YMCA DE JERUSALÉM ORIENTAL, PALESTINA


Tenho 23 anos, sou teóloga e ativista cristã de Belém, Palestina, a terra da paz que nunca conheceu a paz. Nos últimos dez anos, tenho trabalhado como voluntária na ACM de Beit Sahour, servindo minha comunidade por meio de iniciativas para jovens, serviço público e programas que empoderam as pessoas. Além do meu trabalho, sou apaixonada por viajar, apresentar trabalhos acadêmicos, escrever artigos e falar em público, seja em ambientes acadêmicos ou nas ruas durante protestos. Meu maior hobby é viajar, e meu sonho é visitar todos os países do mundo.

INTRODUÇÃO


Como cristã palestina, esta passagem de Lucas ressoa profundamente em mim e na minha comunidade da ACM: Jesus proclamou liberdade para os oprimidos e libertação para os cativos. No entanto, vivemos em uma terra onde muitos permanecem acorrentados pelo medo, pela injustiça e pela violência. Nossos prisioneiros permanecem atrás dos muros do império, cativos em correntes de dor e desespero.


Orar pela liberdade hoje significa não apenas invocar o Jubileu, mas também clamar pela restauração da justiça para aqueles que nunca a conheceram. Este ano, nossa voz se une ao eco de Miquéias 6:8: “Faça o que é certo, seja fiel e leal, e obedeça humildemente ao seu Deus”. Em tempos como estes, esperar não basta. O mundo nos ensinou a desejar um futuro melhor, mas a esperança se tornou um termo colonizado: usado para adiar a justiça e silenciar os oprimidos. É por isso que não nos contentamos mais em esperar pela justiça; agimos para conquistá-la.


Nossa YMCA é chamada a trabalhar incansavelmente pela justiça e a proclamar a libertação em nossas comunidades. Permanecemos como pedras vivas nesta terra, muitas vezes ferida pela opressão, mas também fértil em fé, resiliência e dignidade.